quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu + futebol + cerveja + namorado = Copa


Eu não gosto de futebol. Aliás, eu nunca gostei de futebol. Eu me esforço, assisto aos jogos do Brasil na Copa, já tentei assistir jogos do Grêmio, até entendo as regras (-sim, inclusive o tal do impedimento-), mas não adianta. Os tais 90 minutos passam se arrastando pra mim. Não consigo me emocionar com o jogo, não sei identificar uma jogada bonita. Não tem jeito, eu e futebol somos incompatíveis.

Eu não bebo. Digo, não bebo nada que tenha álcool (exceção feita a um espumante na virada do ano ou um quentão no inverno). Não, nem a tal cerveja gelada no verão. O gosto não me atrai.

Pois bem, há alguma semanas a Brahma lançou o concurso "Sou brahmeiro sou primeiro". Ele consistia em 2014 perguntas sobre todas as Copas do Mundo. O regulamento era simples: um minuto, no máximo, para responder cada pergunta e, no final, os 10 participantes com mais acertos ganhariam um ingresso (com acompanhante) para um jogo do Brasil na Copa.

Ao contrário de mim, meu namorado é apaixonado por futebol, em especial Copas do Mundo, e com uma quedinha por cerveja. Já eu, tenho um gosto muito peculiar por concursos e promoções.

O Bruno (que tem uma memória incrível e sabe muita coisa sobre Copas) decidiu participar. Eu topei ajudar (procurando respostas num livro). No total, foram 30 horas gastas respondendo perguntas.

Uma semana depois da maratona, o site da Brahma mostrou essa lista aqui em baixo:



Conclusão: já temos nosso lugar garantido num jogo do Brasil na Copa de 2014.

PS.: Boa sorte pra você que vai tentar comprar ingresso.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A volta dos que não foram

Imagine que você foi convidado para fazer um cruzeiro no natal. Você vai conhecer o litoral nordestino, praias paradisíacas e circular por um navio gigantesco durante uma semana.
Quatro meses antes você começa a preparação. Pede folga no trabalho, discussões com a família por passar no natal longe, compra passagem de avião, roupas, planeja os passeios que vai fazer em cada parada...
No dia que o navio zarpa você acorda muito cedo, pega um ônibus para a capital, um avião para o Rio de Janeiro e vai até o porto da cidade maravilhosa com um calor infernal de pleno verão carioca. Malas despachadas, é só esperar o tempo do embarque.
E esperar. E esperar. E esperar mais um pouco. Um galpão enorme, com cerca de mil pessoas passando calor, esperando para embarcar no navio. As cadeiras não são suficientes, se quiser sentar, o único lugar disponível é o chão. Quatro horas depois, finalmente você consegue entrar.
Na cabine, o calor é maior que o da rua. Você tenta acionar o ar-condicionado. Cinco minutos depois um alto-falante informa que o sistema de refrigeração está com defeito e será concertado até o dia seguinte. "OK, posso aguentar um dia de calor. A viagem vai ser maravilhosa" - você pensa. Alguns minutos mais tarde, nova informação: o trajeto será alterado para o conserto, que será feito nos dias seguintes.
A notícia não agrada, mas você decide aproveitar o jantar oferecido em um dos elegantes restaurantes do navio. Lá, enquanto o garçom entrega a entrada, um último aviso é dado: o cruzeiro foi cancelado e permanecerá no porto.
Você não conhecerá mais as praias nordestinas, mas pelo menos poderá usufruir da estrutura do navio como um hotel durante uma semana. Às 2h você consegue trocar a sua cabine por uma externa, e torce para que haja algum vento que refresque um pouco o ambiente.
Às 9h o auto-falante traz uma nova informação: todos os passageiros devem deixar o navio até as 10h. Caso contrário, serão levados com ele até a baía de Guanabara para o conserto. Desesperadamente você toma um banho, joga as roupas dentro da mala, engole alguma coisa no café e consegue sair do navio às 9h59.
Depois disso, acaba parando em Niterói (é época de natal e todos os hotéis da capital estão lotados), onde passa o período em que deveria conhecer Recife, Maceió e Salvador.
Quando finalmente chega em casa pode dizer que, se fosse filmado, seria parte do elenco de "A volta dos que não foram".

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Encerrando Ciclos

Daí que recebi esse texto por email, li, e achei que tinha cara de final de um ano e começo de outro. No email atribuíram a autoria do texto a Fernando Pessoa (fiquei com preguiça e não fui conferir).


Encerrando ciclos


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu?
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas coisas significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio.
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.