JULIETA - Ó piedoso frade, onde está meu esposo? Bem que me lembro onde eu devia estar, e eis-me aqui! Onde está o meu Romeu? Mas, que é isto? Uma copa apertada na mão do meu fiel amado? É o veneno, bem vejo, que tão cedo pôs fim à sua vida! Egoísta! Bebeu tudo, sem deixar ao menos uma gota para mim! Eu beijarei teus lábios! Talvez neles ainda reste um pouco do veneno que possa salvar-me ao me matar! (Beija-o) Teus lábios ainda estão quentes! Já estão vindo? Então, me apressarei. Abençoado punhal! (Pega o punhal de Romeu) Eis a tua bainha! (Apunhala-se) Cria ferrugem nela e deixa-me morrer!
Mesmo que não tem muito interesse por teatro conhece a história de Romeu e Julieta e sabe que essa é uma das cenas mais famosas – se não A mais famosa – de todos os tempos. Gosto desse trecho, não por ser Romeu e Julieta, mas por lembrar a peça “Tudo começou em Verona”, que o Artuando criou em 2005. Desde então, decorei essas falas (as que estão em negrito, essas que foram usadas na peça). Acabo de ler o texto completo de Romeu e Julieta, mas a versão que tinha na biblioteca era diferente desta que eu lembrava e achei em um blog (só não me pergunte qual).
E daí isso tudo? É, e daí? E daí que, lendo a história toda digo que o maior amor de todos os tempos não passa de uma paixonite aguda. Pra quem só sabe que Romeu e Julieta se amaram e morreram, vou fazer um resumão (segundo a minha visão):
As famílias Montecchio e Capuleto eram inimigas. Romeu era Montecchio e Julieta Capuleto.
Romeu estava apaixonado por uma bela donzela, Rosalina, e sofrendo de amor. Os amigos pedem que Romeu esqueça a moça e o levam para uma festa na casa dos Capuleto naquela noite. Lá, ele conhece Julieta e ambos ficam perdidamente apaixonados um pelo outro.
Na noite seguinte, Romeu está sob o balcão de Julieta fazendo juras de amor. Pela manhã, Romeu vai atrás de Frei Lourenço e pede que ele os case ainda naquele dia. À tarde casam-se secretamente.
No mesmo dia, Romeu mata Tebaldo, primo de Julieta, e é banido da cidade. Também o senhor Capuleto, pai de Julieta, a promete em casamento a Páris, primo do príncipe. Romeu e Julieta encontram-se no quarto dela antes que ele vá para o exílio.
Na manhã seguinte, Julieta é avisada que irá se casar com Páris, e não gosta da idéia. Vai aconselhar-se com Frei Lourenço que dá o famoso veneno capaz de fazê-la parecer morta por 24 horas. À noite ela toma o veneno e, na outra manhã, quando vão buscá-la para o casamento, é encontrada ‘morta’.
Julieta é posta no mausoléu dos Capuletos. A Romeu chega a notícia que ela está morta e, por isso, compra um veneno mortal de um boticário miserável. Vai em busca de sua amada, mas lá também está Páris, que é morto por Romeu. Ele bebe o veneno e morre ao lado de Julieta. Ela desperta, vê o esposo morto e se apunhala (sim, é a cena ali de cima).
E assim eles são felizes para sempre. Ah! E as famílias fazem as pazes. E tem mais uma coisa: já pensou em quantos anos Julieta tem, para viver um 'amor' (que já disse, pra mim não passa de uma paixonite aguda) assim? Pois bem, a apixonada moça tem 14 anos. SIM, 14! Uma criança.
Felizes para sempre? Toda a linda história de amor deles não dura uma semana inteira. Sabem por que Romeu e Julieta foram felizes para sempre? Porque morreram!
Se tudo isso ainda não te cansou, aproveita e dá uma lida neste texto, vale a pena. E se o texto já te cansou, volta outra hora, mas não deixa de ler este texto!
quarta-feira, 22 de julho de 2009
O amor de Romeu e Julieta? Tá bom...
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O que tu acha de te candidatar a pessoa mais anti-romântica do mundo? Ah, Blau! Ao menos eles foram felizes. ¬¬
ResponderExcluirTenho q concordar com a Bruna...
ResponderExcluirAnti-romântica....
Talvez a falta de uma 'paixonite aguda' ou um Romeu???